terça-feira, 21 de abril de 2009

O Sino da minha Aldeia.

Ó sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro da minha alma.

E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.

Por mais que me tanjas perto,
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho,
Soas-me na alma distante.

A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.


Fernando Pessoa

4 comentários:

  1. Este gajo era tramado.Até com a coca-cola ele arranjava molho.Saúdinha,pulhidis...

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  2. pena de estares a deixar morrer este espacinho que quando me mostraste parecias tão orgulhoso...

    Vá escreve! Muito! Só assim começas a descobrir a piada da coisa =)

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  3. Olá Dinis! Estive para aqui a espreitar o teu "cantinho" e gostei. Acho que compreendo o que referes com o Poema do maluco (LOL). Eu as vezes sinto o mesmo, por mais que a cidade nos traga muitas novidades e curiosidades, a aldeia ou seja o lugar onde está as nossas raizes será sempre o mais especial. Andas meio perdido ? Indeciso ?
    .1 Conselho: Tenta encontrar um rumo para seres Feliz ;D !
    Beijinhus, Marina *.*

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  4. Ainda não conseguir perceber se Pessoa era realmente um génio, ou mais um alheado da Vida. Acho que Pessoa pessoa era um, e Escritor era outro, como ele bem gostava de partir a alma...

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