terça-feira, 21 de abril de 2009

O Sino da minha Aldeia.

Ó sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro da minha alma.

E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.

Por mais que me tanjas perto,
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho,
Soas-me na alma distante.

A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.


Fernando Pessoa

terça-feira, 7 de abril de 2009

Descobrir, despertar, desbloquear, ligar as luzes e não desistir

“Descobrir, despertar, desbloquear, ligar as luzes e não desistir …”, é com o som e o sabor mais digno destas palavras que ouço, que inicio um espaço que se enquadra numa luta diária que a cada dia parece mais cansativa…, mas também mais pujante e apetecida a cada dia que se luta… porque quem vence sem perigo triunfa sem glória!
Se a palavra “luta” pode parecer agressiva até com um ligeiro travo de indignação, a verdade é que se a vida é uma luta constante, existe para todos nós pelo menos uma vez na vida as derradeiras lutas que perdemos e ganhamos, e estas lá nos obrigam a crescer, seja sozinhos, ou seja entre sorrisos, abraços e lágrimas e palavras de encorajamento por parte daqueles que lutam ao nosso lado ou se preocupam com a nossa luta…
Assim o meu primeiro post ou texto (aos mais conservadores) é dedicado a todos os lutadores que conheci ao longo destes anos todos aqueles que ao longo dos tempos me ajudaram a descobrir o que a vida tem de melhor e pior, se nem sempre soube reconhecer na hora, ou simplesmente não me soube expressar…julgo também não necessitar de os nomear porque eles sabem…Tudo o que preciso de lhes dizer é um obrigado por me ajudarem a descobrir que um homem não está onde mora, mas onde ama, por me ajudarem a despertar para novas realidades porque o absurdo será sempre aquele que nunca muda, obrigado por não me deixarem bloquear e de uma forma ou de outra me mostrarem que só saberemos que um caminho é inútil se não o percorrermos até ao fim, obrigado pela coragem que transmitem mesmo sem saber e permite coisa espantosas como a criação de um blog como este, obrigado por me ajudarem a ligar as luzes e a não desistir quando nos sentimos apagados. Como diz um grande amigo meu “Quem gosta de nós respeita-nos!”, assim com o maior respeito que vou sentindo por vocês…Obrigado por estarem me ajudarem a ser um Homem nos reboliços diários da minha e vossa luta…mesmo quando somos Carne para Canhão.